HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE-COLONIZAÇÃO E LIBERTAÇÃO !

 HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE

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 A narrativa histórica de Moçambique remonta, pelo menos, ao século X, quando o viajante árabe Al-Masudi descreveu a atividade comercial na região entre o Golfo Pérsico e os "Zanj" (negros) do "Bilad as Sofala".

Mussa ibn Bique, um emir árabe muçulmano, foi o primeiro governante conhecido antes da invasão portuguesa nos anos 1550 e da subsequente conquista colonial.

Quando Vasco da Gama chegou em 1497, Moçambique já tinha entrepostos comerciais árabes e uma significativa população muçulmana.

Diz-se que os portugueses inicialmente chamaram aterra de "Terras de Mussa ibn Bique" em homenagem ao governante, mas ao longo do tempo, o nome foi simplificado para Moçambique.

 A Ilha de Moçambique foi a primeira capital colonial e deu origem ao nome do país.

A Bandeira de Moçambique, composta por faixas verde, preta e amarela, apresenta um triângulo vermelho com uma estrela dourada de cinco pontas, um livro e a cruzamento de uma arma e uma enxada, representando a história e a diversidade cultural do país.

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COLONIZAÇÃO E LIBERTAÇÃO

A PENETRAÇÃO COLONIAL E A CHEGADA DOS PORTUGUESES

Nos finais do século XV, o Rei de Portugal organizou uma expedição liderada por Vasco da Gama, visando descobrir uma rota marítima entre a Europa e a Índia.

Na época, o comércio na Europa estava em alto desenvolvimento, mas a rota por terra tornava as especiarias e produtos orientais caros.

A expedição chegou à Ilha de Moçambique em 1498, e os portugueses imediatamente ocuparam a ilha para apoiar as embarcações que passavam, assegurando o monopólio do comércio de especiarias.

Na costa moçambicana, os portugueses buscaram dominar posições estratégicas, destacando-se Sofala, por onde eram escoados ouro e marfim.

Querendo substituir os árabes no controle do comércio, os portugueses enfrentaram resistência, mas, ao ocupar Sofala em 1505 e posteriormente Quelimane, Sena e Tete no rio Zambeze, neutralizaram efetivamente a presença árabe.

Estabeleceram empresas comerciais nessas áreas, abastecendo os mercadores e protegendo seus interesses com tropas.

Ao eliminar a influência árabe e controlar as rotas comerciais, os portugueses abriram caminho para adentrar o interior do território.

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LUTA PELA INDEPENDENCIA DE MOÇAMBIQUE

A busca pela independência de Moçambique representou um movimento político e armado com o objetivo de libertar o país do domínio colonial português.

Esse processo foi caracterizado por décadas de resistência, conflitos armados e negociações diplomáticas.

No contexto colonial, Moçambique, como diversas nações africanas, esteve sob o domínio português por muitos séculos.

A opressão secular e o colonial fascismo português acabaria por obrigar o Povo moçambicano a pegar em armas e lutar pela independência. 

Iniciando-se no início do século XVI, o período colonial testemunhou a exploração dos recursos naturais do território pelos portugueses, juntamente com o estabelecimento de seu controle administrativo.

A partir de 1960, a nova política colonial portuguesa, aliada à crise no regime de Salazar, instigou diversas reformas políticas e econômicas nas colônias, incluindo Moçambique.

Esse tipo renovado de colonialismo português introduziu práticas que obstaculizaram o desenvolvimento da população negra, independentemente de sua posição na burguesia, agricultura ou comércio.

Durante essa década, manifestações contrárias ao domínio colonial emergiram no país através da literatura, arte e greves de trabalhadores.

Tais protestos cresceram em magnitude e radicalismo com a ascensão dos movimentos nacionalistas armados, notavelmente a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), fundado no exílio.

Esta organização, foi fundada em 1962 através da fusão de 3 movimentos constituído no exilo, nomeadamente, a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU (Mozambique African National Union) e a UNAMO (União Nacional de Moçambique Independente), dirigida por Eduardo Chivambo Mondlane, O primeiro presidente da FRELIMO, Eduardo Mondlane, acabaria por morrer assassinado a 3 de Fevereiro de 1969.

A ele sucedeu Samora Moisés Machel, que acabou morrendo num acidente aéreo em M'buzini, vizinha África do Sul acabou sendo sucedido por Joaquim Alberto Chissano, que por sua vez foi substituido pelo Presidente Armando Emílio Guebuza e ele pelo actual presidente felipe jacinto nyusi.

INDEPENDENCIA DE MOÇAMBIQUE

assinatura-dos -"Acordos de Lusaka"
A partir de 1964, o FRELIMO liderou uma luta armada pela libertação nacional, implementando a estratégia de criar "zonas libertadas", áreas fora do controle português, onde estabeleceram seu próprio sistema de administração.

O conflito foi oficialmente iniciado em 25 de setembro de 1964, com o ataque a Chai, em Cabo Delgado, e se expandiu para outras províncias, perdurando por cerca de 10 anos.

Após a ocupação de territórios, as forças revolucionárias estabeleciam as "zonas libertadas" para garantir segurança, abastecimento e comunicação.

A guerra chegou ao fim com a assinatura dos "Acordos de Lusaka" em setembro de 1974, estabelecendo um governo provisório composto por representantes da FRELIMO e do governo português.

Em 25 de junho de 1975, Moçambique proclamou oficialmente sua independência nacional.

Após a independência e a retirada do domínio português, o país enfrentou desafios significativos para preencher lacunas deixadas pelos portugueses.

Com uma população com cerca de 90% de analfabetos, a economia de Moçambique sofreu com o repatriamento de ativos e saldos pelas empresas e bancos portugueses, resultando em dificuldades econômicas.

A partir do início dos anos 80, o País viveu um conflito armado dirigido pela RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique).

O conflito que ceifou muitas vidas e destruiu muitas infra-estruturas económicas só terminaria em 1992 com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz entre a o Governo da FRELIMO e a RENAMO.

Em 1994 o País realizou as suas primeiras eleições multipartidárias ganhas pela FRELIMO que voltou a ganhar todas ate a actulidade.

 

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